fbpx

De Luca

Qual o Tempo de Sobrevivência do Coronavírus na Superfície?

A sobrevida do coronavírus na superfície pode variar entre a falta de higienização e os tipos de materiais que compõem as áreas de maior contato humano.

O tempo de sobrevivência do coronavírus na superfície pode chegar até três dias, segundo estudo publicado na revista científica New England Journal of Medicine em março.

A pesquisa foi realizada por cientistas dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), da Universidade da Califórnia, de Los Angeles e de Princeton.

Nela, foi avaliada a resistência do vírus em cinco materiais diferentes. Foi constatado que o novo coronavírus pode ser mais relutante à higienização de materiais compostos por plástico e aço inoxidável, por exemplo.

Continue lendo o artigo e saiba quanto tempo o coronavírus sobrevive em superfícies.

Análises de Sobrevida do Coronavírus na Superfície

O estudo feito por cientistas dos CDC simulou uma pessoa tossindo ou espirrando através de um nebulizador e descobriu que o vírus tornou-se uma espécie de poeira, permanecendo vivo suspenso no ar durante as três horas da experiência.

Porém, o período de sobrevida pode variar de acordo com as condições do local, do clima e da umidade do ambiente.

Veja a seguir o tempo de sobrevivência do coronavírus em cada material:

● Aço inoxidável: 72 horas
● Plástico: 72 horas
● Papelão: 24 horas
● Cobre: 4 horas
● Aerossolizada/ Poeiras: 40 minutos a 2:30 horas

Os testes foram executados em aerossóis e em algumas superfícies, sofrendo três repetições de cada experimento para obter as médias experimentais.

 

Os Antigos Tipos de Coronavírus e suas Resistências

Pesquisadores da Universidade de Medicina de Greifswald, na Alemanha, fizeram uma revisão de estudos já divulgados sobre os tipos de coronavírus o SARS-CoV e o MERS-CoV.

Neste trabalho, foi verificado que estes vírus sobrevivem da seguinte maneira nas superfícies:

● Aço: a 21°C – 5 dias
● Alumínio: a 21°C – 4 a 8 horas
● Vidro: a 21°C – 5 dias
● Plástico: temperatura ambiente – 2 a 6 dias
● PVC: a 21°C – 5 dias
● Borracha de silicone: a 21°C – 5 dias
● Luva de látex: a 21°C – 8 horas
● Cerâmica: a 21°C – 5 dias
● Teflon: a 21°C – 5 dias.

Segundo o estudo, o novo coronavírus pode permanecer infeccioso por entre duas horas e até nove dias. Como foi testado em diferentes tipos de materiais, observou-se que alguns tipos do vírus resistem menos a temperatura mais alta, como 30ºC ou 40ºC.

Comparativo entre o Vírus SARS CoV-2

O estudo norte americano sobre o coronavírus comparou ainda, o tempo de sobrevivência do vírus SARS CoV-2 e do SARS CoV-1.

O primeiro refere-se ao coronavírus, responsável pela Covid-19. O segundo, é o vírus que provoca a Influenza.

Os dois tipos de vírus foram analisados por sete dias em diversas superfícies a uma temperatura entre 21 e 23ºC, com 40% de umidade.

Este teste demonstrou que os vírus possuem características semelhantes apesar de variar o tempo de sobrevida em algumas superfícies.

“Isso indica que as diferenças nas características epidemiológicas desses vírus provavelmente surgem de outros fatores, incluindo altas cargas virais no trato respiratório superior e o potencial de pessoas infectadas com SARS-CoV-2 transmitirem o vírus enquanto assintomáticas”, aponta o estudo.

O que Diz os Estudos Brasileiros?

De acordo com o protocolo de controle de infecção do Hospital de Clínicas da Universidade do Triângulo Mineiro, a transmissão por aerossóis ocorre por meio de partículas eliminadas durante a respiração, fala, tosse ou espirro.

Quando suspensas no ar, as partículas podem ser levadas por correntes de ar, provocando a disseminação por gotículas através do contato com o indivíduo contaminado.

Já a infectologista do Hospital Brasília, Ana Helena Germoglio, afirma que os resultados do estudo norte-americano foram obtidos em um ambiente hospitalar, que por protocolo é esterilizado.

“Um vírus numa secreção expelida através de tosse ou espirro pode ficar em algumas superfícies por até nove horas. Mas isso pode ser diminuído quando a gente higieniza o local”, explica a infectologista.

Segundo a médica, a contaminação pode acontecer em até um metro e meio de distância. No entanto, o risco maior é o coronavírus na superfície.

“A maior contaminação ocorre quando há contato com superfícies contaminadas, como maçaneta, cadeira, mesa, e, depois, contato da mão no rosto, olhos, boca. Quanto mais rugosa a superfície, mais difícil é a higienização”, declara Germoglio.

 

Como Acontece a Instalação do Coronavírus na Superfície?

Para entender melhor a ação do coronavírus, o virologista e integrante do centro de pesquisa em vacinas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Flávio Fonseca, explicou que o tempo de sobrevida do vírus depende, também, do material orgânico em que possui contato.

“Uma gotícula de saliva, por exemplo, ela não tem só água, ela tem proteínas da saliva. Uma gotícula de secreção respiratória tem muco, que tem proteína, tem resto de célula. Todo esse material orgânico protege o vírus. Esse material orgânico consegue formar uma capa ao redor do vírus. Quando tem muco, catarro, essas coisas, o vírus fica viável por muito tempo, em qualquer superfície, é claro que se a superfície for porosa ele pode durar muito mais”, declarou o virologista.

 

Evite o Alojamento do Coronavírus na Superfície!

As pessoas podem pegar o novo coronavírus por meio de gotículas de tosses, espirros e mãos contaminadas que pousam em objetos e superfícies.

Em outros casos, o contágio pelo Covid-19 pode ser feito pelo simples toque nos olhos, nariz ou boca após o contato direto com os objetos citados acima.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda evitar seriamente tocar nos olhos, nariz e boca e fazer o uso de um desinfetante em áreas suspeitas de contaminação.

Após isso, é de extrema importância higienizar as mãos com álcool em gel e lavá-las sempre com água e sabão.

 

Mas, O Que Fazer Diante a Escassez de Álcool?

No Brasil, a procura por álcool é grande. O produto, que antes era utilizado para limpezas específicas, agora é considerado item raro nos estoque de farmácias e drogarias.

Seja em sua fórmula líquida ou em gel, o álcool está sendo comercializado por preços acima do convencional.

O medo do contágio do coronavírus tem levado pessoas sem sintomas a utilizar máscaras, mesmo quando a recomendação oficial é apenas para os grupos de risco como idosos, hipertensos e diabéticos.

Com a dificuldade para encontrar álcool em gel para a higienização l inserir link com outro texto, é possível evitar a propagação do vírus em superfícies de forma prática.

Especialistas recomendam fazer uma solução caseira, com uma medida de água sanitária para nove medidas de água. Esta alternativa de proteção apresenta o mesmo efeito do álcool na limpeza de superfícies.

 

A Importância da Esterilização dos Ambientes

Mesmo diante à pandemia do coronavírus, devemos observar que houve uma conscientização relacionada à higiene.

A população mundial está adotando hábitos de limpeza que deverão ser seguidos mesmo quando a ação do vírus acabar.

É o que acredita a infectologista Ana Helena Germoglio, que cita o médico húngaro Ignaz Philipp Semmelweis como referência. Ele foi um pioneiros nos procedimentos antissépticos.

“No século 19, ele era considerado louco. Desde aquela época, ele já falava em higienização. Hoje, é considerado o pai da higienização hospitalar. Depois que passarmos por essa crise, poderemos tirar dela uma lição: a higienização é uma coisa boa e importante”, finaliza.

Portanto, mantenha a higienização frequente de objetos e superfícies. Evite tocar no rosto com as mãos, lave-as com água e sabão, e se possível, tenha distanciamento social para proteger a si e os outros contra a ação do coronavírus.

A Higienização Pode SALVAR VIDAS!

 

Quer mais informações sobre esse assunto? Acesse nosso conteúdo sobre: Coronavírus: Ameaça que preocupa o planeta!