Atualmente, estamos vivendo um momento singular na saúde diante o preocupante aumento de bactérias multirresistentes em ambientes hospitalares. Essa proliferação desenfreada causa um impacto muito grande na mortalidade.
O índice de infecção hospitalar supera a média mundial, atingindo 14% das internações no Brasil, segundo o Ministério da Saúde.
As infecções hospitalares são problemas de saúde pública e uma preocupação constante para os profissionais da área.
Os hospitais exigem cuidados especiais relacionados à sua higienização. Por se tratar de locais com alto índice de concentração de bactérias, microorganismos e vírus nocivos à saúde.
Por isso, a higienização hospitalar é indispensável para prevenir a contaminação de bactérias multirresistentes nocivas à saúde dos pacientes, visitantes e profissionais que atuam no local.
O objetivo da higienização é garantir a segurança e bem-estar de todos, por meio da remoção de sujeiras térmicas, químicas ou mecânicas dos ambientes.
Você sabia que as infecções hospitalares aumentam o tempo de internação e os custos com a assistência médica?
A Organização Mundial da Saúde (OMS), vem alertando a população mundial para uma crescente resistência bacteriana a antimicrobianos, especialmente no que diz respeito às infecções associadas aos cuidados com a saúde.
Esse tipo de contaminação são provocadas por microorganismos que se aproveitam das fragilidades no sistema imunológico de pacientes que encontram-se em tratamento hospitalar.
As condições mais comuns que expõe à vulnerabilidade estão as infecções urinárias e na corrente sanguínea associadas ao uso de cateter, e ainda, a pneumonia ligada à ventilação mecânica.
Atualmente, cerca de 97% das bactérias de qualquer categoria não são cultiváveis. O que isso quer dizer?
Algumas propriedades não permitem a imitação em laboratório, pois geralmente são elementos que vivem nos ambientes mais extremos.
Além disso, foi possível reconhecer que várias bactérias causadoras de doenças se alojam nesses locais, tornam-se multirresistentes aos produtos de limpeza ou desinfecção utilizados para minimizar o risco de contaminação hospitalar.
Segundo a pesquisa, o consumo de medicamentos antibióticos não deixa de ser a única causa do aparecimento de bactérias multirresistentes.
A partir de procedimentos rigorosos e medidas preventivas, pode-se remover qualquer tipo de elemento que comprometa a saúde dos pacientes, visitantes e todos os profissionais atuantes no hospital.
Existem alguns tipos de higienização hospitalar:
Manter um ambiente saudável e livre de agentes infecciosos faz parte da biossegurança dos hospitais, segundo a norma regulamentadora da Organização Nacional de Acreditação (ONA).
As empresas especializadas devem seguir três medidas essenciais para executar uma higienização hospitalar segura.
O simples ato de lavar as mãos corretamente e manter os ambientes devidamente higienizados, pode evitar a disseminação de bactérias multirresistentes.
O manual “Segurança do Paciente - Higienização das Mãos”, da Anvisa, evidencia que apesar da existência de fortes indícios de que a adequada higienização das mãos é uma da medidas mais importantes para a redução da transmissão cruzada de microrganismos e das taxas de infecção hospitalar.
Por outro lado, a adesão a estas recomendações permanece baixa entre os profissionais de saúde, com taxas que variam entre 5% e 81%, tendo a média de 40%.
Seguindo as diretrizes da ONA torna-se possível realizar procedimentos internos para o alcance da eficiência no atendimento, assistência e higienização prestados pelos hospitais.
Segundo as metas do Programa Nacional de Prevenção e Controle de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (de 2016 a 2020), foi registrada a incidência de cinco infecções primárias da corrente sanguínea laboratorial a cada mil cateteres venosos centrais por dia em UTI adulto.
Os dados se referem às UTIs dos quase dois mil hospitais do Brasil, integrados ao documento publicado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
Embora seja uma grande ameaça à saúde humana, esse tipo de infecção é um dos mais comuns dentro dos hospitais.
Os tipos de limpeza se diferem de acordo com as necessidades dos ambientes. Temos um olhar diferenciado conforme a classificação de risco de contaminação. As empresas precisam saber mais sobre bactérias multirresistentes e como tratá-las”.
De acordo com a OMS, cerca de 10% dos pacientes hospitalizados irão contrair uma infecção associada aos cuidados com a saúde. Esse número sobe para 30% em pacientes internados em UTIs de países desenvolvidos, podendo triplicar em países em desenvolvimento.
Os Estados Unidos por exemplo, acumula US$ 97 a 174 bilhões de custos acumulados diante de cerca de 72 mil óbitos anuais em razão de infecções hospitalares, conforme o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, sigla em inglês).
Adotar medidas preventivas para a higienização hospitalar é o meio mais eficiente para salvar vidas e preservar o ambiente de elementos prejudiciais à saúde.