De Luca

Brasil tem 1º Caso Confirmado de Candida Auris

Resistente a medicamentos, o ‘superfungo’ candida auris ameaça a saúde pública mundial!

 

Descoberto em 2019, o fungo candida auris vem colocando o mundo em alerta devido à sua alta resistência a medicamentos. De lá pra cá, especialistas dos serviços de saúde pública e equipes médicas investigam o que realmente pode causar a disseminação deste micro organismo  tão ameaçador.

No último dia 07, a Anvisa confirmou o possível primeiro caso positivo de Candida auris no Brasil. Estima-se que 30 e 60% dos pacientes em todo o mundo tenham sido levados à óbito por conta da infecção por c auris.

Mas como esse fungo resistente a medicamentos pode ser letal para a nossa saúde? É o que vamos refletir hoje neste conteúdo. Acompanhe!

 

O que é Candida auris?

O Candida auris é um fungo que pode causar infecções na corrente sanguínea através do ouvido e também machucados em outras partes do corpo.

Os sintomas mais comuns são febre, fadiga e dores. Embora os sinais sejam fortes, é difícil de identificar sua presença no organismo. Porém, o diagnóstico é feito a partir de amostras de sangue e fluidos, e se não tratada devidamente, pode levar o paciente a óbito.

O tratamento da infecção causada pelo fungo é um fato preocupante. Uma vez que, o fungo desenvolve forte imunidade à inúmeros medicamentos antifúngicos e antibióticos.

Diante dessa problemática, é necessário aumentar a dosagem e buscar alternativas de medicação para erradicar o fungo do sistema imunológico comprometido.

 

As primeiras infecções

Em maio de 2018, no Hospital Mount Sinai, no Brooklyn, um homem idoso deu entrada para realizar uma cirurgia abdominal e, por meio do exame de sangue, foi detectada a infecção pelo fungo. Com isso, os médicos encaminharam o paciente ao isolamento na unidade de terapia intensiva.

Após 90 dias o idoso faleceu no hospital, mas o fungo resistiu. Testes comprovaram que o fungo estava por toda parte do quarto do paciente.

Isso porque o c auris possui capacidade de se proliferar rapidamente pelo ambiente hospitalar e se infiltrar em lugares inusitados.

Foi preciso utilizar equipamentos especiais de limpeza para remover qualquer vestígio e realizar uma higienização profunda em portas, paredes, cortinas e mobília do leito, segundo o Dr. Scott Lorin, presidente do hospital.

Sendo assim, precisamos entender que o fungo candida auris é resistente a medicamentos e pode ser fatal. Isso porque, o fungo infecta o sistema imunológico debilitado de paciente internado em hospitais e pode ainda ser confundido com vários tipos comuns do gênero Candida.

 

1º caso de candida auris no Brasil

De acordo com o alerta da Anvisa, o fungo foi detectado em “amostra de ponta de cateter de paciente internado em UTI adulto e hospital do Estado da Bahia”.

A amostra foi analisada pelo Laboratório Central de Saúde Pública Profº Gonçalo Moniz (Lacen-BA), em Salvador, e pelo Laboratório do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

Segundo a Agência, a amostra ainda será submetida a “análises fenotípicas (para verificar o perfil de sensibilidade e resistência)” e “sequenciamento genético do microrganismo (padrão-ouro)” até a confirmação oficial do caso.

Diante a suspeita, a Anvisa recomendou o reforço da vigilância laboratorial do fungo em todos os serviços de saúde do país. Além de outras medidas de controle e prevenção para evitar um surto.

 

Ação e Resistência do Fungo Candida Auris no Mundo

Em maio de 2018, no Hospital Mount Sinai, no Brooklyn, um homem idoso deu entrada para realizar uma cirurgia abdominal e, por meio do exame de sangue, foi detectada a infecção pelo fungo. Com isso, os médicos encaminharam o paciente ao isolamento na unidade de terapia intensiva.

Após 90 dias o idoso faleceu no hospital, mas o fungo resistiu. Testes comprovaram que o fungo estava por toda parte do quarto do paciente.

Isso porque o c.auris possui capacidade de se proliferar rapidamente pelo ambiente hospitalar e se infiltrar em lugares inusitados.

Foi preciso utilizar equipamentos especiais de limpeza para remover qualquer vestígio e realizar uma higienização profunda em portas, paredes, cortinas e mobília do leito, segundo o Dr. Scott Lorin, presidente do hospital.

Embora o Brasil ainda não tenha registrado nenhum caso de infecção com o c. auris, existe a possibilidade do fungo estar presente no país sem o conhecimento de ninguém, em razão de não haver uma vigilância especializada.

Com isso, o secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson Kleber de Oliveira, declarou que o projeto de implantação de um sistema de vigilância de fungos está sendo criado pelo Ministério da Saúde.

 

Alguns obstáculos de controle e prevenção

O candida auris foi identificado pela primeira vez em 2009 no canal auditivo de uma paciente no Japão. De lá pra cá, houve casos confirmados em países como Índia, Estados Unidos, Israel, Quênia, Colômbia, Espanha, entre outros.

Infelizmente, o fungo costuma ser confundido com outras infecções comuns, como a candidíase, por exemplo. O que resulta em tratamentos inadequados e arriscados.

Segundo especialistas, o candida auris sobrevive em ambientes hospitalares. Portanto, é CRUCIAL realizar uma higienização frequente para erradicar a disseminação do fungo no ambiente.

Sem contar que, o candida auris é muito resistente e pode facilmente sobreviver por longos períodos na superfície. Logo, torna-se impossível eliminá-lo por meio de detergentes e desinfetantes mais comuns.

Dessa forma, é imprescindível utilizar os produtos químicos de limpeza adequados dos hospitais.

 

Por que o fungo candida auris é resistente a medicamentos?

A resistência aos antifúngicos comuns, como o fluconazol, foi identificada na maioria das cepas de C. auris encontradas em pacientes.

Isso significa que essas drogas não funcionam para combater o C. auris. Por causa disso, medicações fungicidas menos comuns têm sido usadas para tratar essas infecções, mas o C. auris também desenvolveu resistência a elas.

“Há registro de resistência à azólicos, equinocandinas e até polienos, como a anfotericina B. Isso significa que o fungo pode ser resistente às três principais classes de drogas disponíveis para tratar infecções fúngicas sistêmicas”, explicou o epidemiologista e microbiologista Alison Chaves, no Twitter.

Análises de DNA indicam também que genes de resistência antifúngica presentes no C. auris têm passado para outras espécies de fungo, como a Candida albicans (C. albicans), um dos principais causadores da candidíase (doença comum que pode afetar a pele, as unhas e órgãos genitais, e é relativamente fácil de tratar).

 

Remoção do Fungo Candida Auris em Centros Médicos

O contágio pelo fungo pode ocorrer por superfícies contaminadas, de pessoa para pessoa ou ainda, por materiais e equipamentos hospitalares, como medidor de pressão, termômetros, macas e estetoscópios, por exemplo.

Diante dessa facilidade de transmissão, o Candida Auris se tornou um fungo resistente, dificultando a remoção total em hospitais devido a sua sólida aderência no ambiente.

Assim sendo, a higienização deve ser feita com equipamentos especiais e profissionais capacitados para eliminar qualquer indício de fragmento no local.

A medida preventiva mais eficiente em hospitais é a limpeza adequada.

Isso dificulta a proliferação do fungo pelos ambientes, impede o contágio direto ou indireto com o candida auris e o mais importante: preserva a saúde de todos.